maio 24, 2012

Comissários da GOL agressivos com Mãe e Bebê de 1 ano.


Ontem eu e meu filhinho de 1 ano passamos por uma situação ABSURDA, INACREDITÁVEL DE DESRESPEITO E AGRESSIVIDADE que por pouco não culminou em agressão física em mim e no meu filho.

E isso tudo ocorreu num corriqueiro vôo da ponte aérea, Rio-SP por comissários da Companhia Aérea GOL do vôo 1521, que saiu do Rio as 11h10, da quarta-feira, 23 de Maio.



Viajo no mínimo uma vez por mês para São Paulo. Como muitas vezes viajo sozinha com meu filho, o carrinho do tipo guarda-chuva é o meu grande aliado, já que é permitido ir com ele até a porta do avião para embarcar, e, no desembarque ele também é entregue na porta do avião. Ou seja, seu uso é indispensável para a mamãe que além da mochila com seu notebook, tem que carregar a bolsa do bebê mais um bebezão de 1 ano e 2 meses que ainda não anda, pesa cerca de 16kg e ainda mama no peito.

Fiz o check-in acompanhada do meu marido que me levou até o aeroporto. Despachei uma mala grande e o atendente etiquetou o carrinho guarda-chuva e duas malas de mão, a bolsa do bebê e a mochila com o notebook.

Já sozinha, não tive dificuldades para passar pelo raio-x. Enquanto eu segurava meu filho, prontamente me ajudaram a fechar o carrinho para passar na esteira.

Me dirigi ao portão 8 para o embarque. Fui uma das primeiras a entrar. Fui com o meu bebê no carrinho até o finger, na porta do avião. Enquanto tentava segurar as bolsas e o meu filho e fechar o carrinho, umas 15 pessoas ja tinham entrado. Nenhum comissário apareceu para perguntar se eu precisava de ajuda.

O carrinho ficou do lado de fora, como de costume, aguardando, o funcionário da companhia pega-lo para guardar. Fiquei de olho para ver se não esqueceriam, mas logo vi um funcionário levando-o para o porão.

O “sorridente” comissario Noberto me recepcionou com um “educado” Bom Dia! Para guardar as bolsas no bagageiro tive que pedir ajuda, pois nenhum dos comissarios se manifestou para tal.

O võo transcorreu sem maiores dificuldades. Meu filho mamou boa parte do trajeto. Quarenta minutos depois aterrisamos em SP. Antes de abrir a porta da aeronave o comissario Norberto pergunta se eu tinha carrinho. Respondo positivamente e ele me informa que vai solicitar que tragam o carrinho para a porta do avião.

Fico aguardando. Estranho a demora mas continuo esperando. Todos os passageiros saem e, lá continuo com meu filho. Levanto e digo que a espera não é normal. Ele me tranquiliza e diz para eu não me preocupar que logo o carrinho vai chegar.

Avião vazio. Chega tripulação do próximo vôo.

Algumas funcionárias chegam para limpar o avião. Chega um novo comandante e lá estou com meu filho já impaciente.


Limpeza no avião


Cerca de 15 minutos depois chega uma funcionária da GOL e informa que o carrinho estava na esteira da bagagem e que eu deveria me dirigir até lá.

Eu disse que trouxe o carrinho porque não tinha condições de carregar meu filho de 16 kg (que ainda não anda) mais duas bagagens de mão. Disse ainda que tinha (tenho) uma hernia de disco e que por isso iria aguardar no avião até a chegada do carrinho.

Calmamente sento-me com meu filho no colo e digo que só saio dali com o carrinho na porta do avião, seja o meu ou outro qualquer. Sugiro até que peçam os carrinhos que a TAM disponibiliza aos seus passageiros.

A funcionária insiste para que eu saia do avião e diz que não vai trazer o carrinho. Óbvio, que depois de tanto tempo de espera e ainda ouvir que, por erro deles, vou ter que andar com as malas e um bebezão no colo, alterei o tom de voz.

Peço desculpas por gritar mas digo que não saio da aeronave sem o carrinho. Com a troca da tripulação e já agitada para ir embora, foi então que essa funcionária começou a gritar com o dedo no meu rosto. Digo para parar a gritaria pois estou com um bebê assustado no colo. Afim de me intimidar e fazer com que eu saia da aeronave, o comissário Norberto junta-se a ela e os dois vêm para cima de mim e do meu filho com o dedo em riste, que continuo sentada na primeira fileira com o meu filho no colo.

É INACREDITÁVEL a situação!!! Grito para sairem de perto pois estão assustando o meu filho e eles não saem, continuam me encurralando na poltrona. Meu filho, assustado, começa a chorar. Tenho um momento de lucidez e abro a bolsa e pego meu celular e digo que vou filmar o absurdo que eles estão fazendo. Imediatamente eles param tudo e vão para o lado de fora da aeronave, fugindo da filmagem.

O comissário me ameaçou dizendo que iria chamar a Polícia Federal. Eu disse para chamar, pois eu mesma iria até lá quando saisse dali.

Só depois de eu dizer que estava filmando, finalmente surge o comandante (não o do meu vôo, o do próximo vôo) para tentar resolver a situação. Repito para ele que não tenho condições de sair sozinha sem carrinho, com bolsas e filho no colo. Falo que só saio do avião com o carrinho ou com alguém que me ajude a levar as bolsas que eu mesma levo meu filho no colo.

Surge a “brilhante idéia” de usar uma cadeira de rodas para levar meu filho. Falei que a cadeira pode levar as bolsas e eu levo o meu filho colo, pois aquilo não é apropriado para um bebê.

Apesar da proposta absurda de levar um bebê na cadeira de rodas, o comandante foi o único a propor uma solução. Bebê na cadeira de rodas NÃO! Mas ok para as malas.


Saio da aeronave e o comissário que quase me agrediu finge que nada aconteceu. Braços cruzados, queixo para cima...posição de galo para briga!

O comissário Norberto que me encurralou na poltrona com meu filho
Dupla de agressores

No meio do trajeto até a esteira surge um funcionário com o carrinho do meu filho.



A funcionária que levou a cadeira de rodas me ajudou a pegar a bagagem. Lá fora minha mãe me aguardava. Fui na Polícia Federal e o atencioso delegado me ouviu estarrecido com a maneira que fui acuada (viu as filmagens) e me orientou.

Fui até o Juizado Especial de Pequenas Causas e decidi entrar com um processo contra a GOL por danos morais. Ligaram para a companhia para que um representante da GOL viesse propor um acordo, mas ninguém atendeu. Dentro de 1 mês devo ser chamada para uma audiência.

Agora que passou, vejo o quanto eu fui forte em meio a essa agressividade gratuita! Qual mãe gosta de chorar na frente do filho? Já viu como eles se desesperam!!! Só fui desabar quando comecei a contar na PF o que havia ocorrido. Mas me mantive forte em todo estante dentro da aeronave com aquela “matilha” partindo para cima de mim e do meu filho. Fiquei encurralada na poltrona com dois insanos gritando e com o dedo no meu rosto e no do meu filho.


Ir com o carrinho até a porta do avião é um direito das Mães. As companhias permitem que seja desta forma. Se o comissário demorou a pedir o carrinho e por isso o carrinho foi para esteira não é um problema meu. Eles deveriam ter proposto uma solução. Deveriam ser treinados para auxiliar as pessoas e não dificultar, agindo de uma maneira totalmente despreparada.

Em nenhum momento xinguei ou tratei com desrespeito os funcionários da GOL. Apenas disse que não aceitaria essa situação e me recusei a sair da aeronave.


Em todos os vôos que peguei com meu filho isso nunca ocorreu. Até mesmo em vôos da GOL. Ao aterrisar eles sempre perguntam se estou com o carrinho e me informam que vão pedi-lo. E sempre o carrinho surgiu antes de todos os passageiros sairem.

Isso não teria sido um transtorno enorme se esses funcionários soubessem abordar a situacão. Não me ofereceram alternativa, não me ofereceram ajuda para levar as bolsas!!!

Que tratamento é esse para uma mãe com um filhinho no colo? Que agressividade é essa com uma pessoa que tem um bebê no colo????

Ainda amamento meu filho. Só espero que esse estresse de ontem não afete essa relação de alimento e carinho que mantenho com o meu filho.

Não desejo que nenhuma mãe passe por essa situação, ainda mais com o filho no colo sofrendo também toda essa agressividade. Mas se acontecer, não deixe de tentar punição contra os agressores.

Uma coisa é certa: vou até o fim para que a companhia e os comissários sejam punidos.

Um pedido oficial de desculpas já valeria, junto com a certeza de um treinamento adequado para que nenhum funcionário volte a agir dessa forma. Mas como muitas empresas só sentem e entendem a punição quando colocam a mão no bolso, que assim seja.

Segunda-feira volto para o Rio e já estou com passagem comprada pela mesma companhia. Vai ser difícil me sentir novamente segura com meu filho.

2 comentários:

Anônimo disse...

lastimável uma atitude como a relatada. um desrespeito!

Unknown disse...

Que absurdo meu Deus! Sei q mesmo passado tanto tempo a lembrança permanece, não tem como esquecer, um abuso, uma falta de humanidade e amor com o próximo... lastimável!